sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A Inovação sem Empreendedorismo é Criatividade

Umas das qualidades cada vez mais exigidas dos executivos e líderes de grandes empresas é a habilidade de empreender corporativamente, trazendo a criatividade e inventividade – que muitas vezes está direcionada aos esforços externos (mercado, clientes, concorrência, etc) – para os dilemas e questões internas, proporcionando um ambiente de inovação que indiretamente trás os benefícios valorizados pelos stakeholders externos.

Ter o espírito empreendedor, o drive de parceria, o “olho do dono” da organização passa a ser requisito essencial para se construir culturas inovativas. Nesse contexto, o empreendedorismo passa a ser irmão da inovação pois uma oportunidade de mercado ou uma demanda não atendida só se justificam se os meios para exploração dos mesmos não existem ou se encontram em uma evolução não tão avançada, exigindo que algo novo (e percebido como superior) seja criado.
Uma empresa que tenha o espírito empreendedor e inovativo tem como impulso natural se reinventar constantemente. Apesar do paradoxo, a normalidade do status quo e as zonas de conforto competitivo de mercados maduros são os ambientes propícios para tais empresas encontrarem novas formas mais atrativas (e lucrativas) de operar. A inércia dos competidores e a miopia de seus executivos podem ser um prato cheio para empreendedores como novas propostas ao mercado.
Por outro lado, ambientes competitivos inóspitos, com concorrência agressiva, clientes e consumidores voláteis, influências externas intensas e ciclos de vida acelerados, fornecem, de forma abundante, os mais diversos elementos e possibilidades para a composição de uma nova solução inovadora.
A disputa pela preferência dos consumidores, em ambientes pujantes como esses, é de inovações versus inovações, de propostas de naturezas até pouco similares, com o objetivo de selecionar a melhor nova proposta destinada a dominar o mercado até que os demais concorrentes se equiparem (ou desenvolvam novas soluções inovadoras que reiniciem o ciclo de renovação novamente.
Os empreendedores de sucesso souberam construir a prosperidade de suas organizações através tanto do empreendimento de novos modelos de negócio vencedores como atingindo a excelência em competências centrais como gestão e relacionamento.
Em suma, empreender é a forma mais efetiva para a execução e implementação de uma inovação, a maneira de se construir o Novo partindo do Novo: novos conceitos, premissas, paradigmas e propostas para um mercado ou oportunidade latente de mudanças.

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