terça-feira, 31 de maio de 2011

Estresse no trabalho atinge 100% dos brasileiros. Quer saber como evitá-lo?

O estudo da Robert Half aponta que 60% dos profissionais acreditam que o ambiente de trabalho e a fofoca entre colegas são os principais fatores que geram o problema

Não é de hoje que o estresse é apontado como um dos grandes males dos nosso século. Com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo e cada vez mais rápido, de fato, é difícil acompanhar tudo. Ainda assim, quando se trata de trabalho, as exigências só crescem. E, para fechar esse círculo que envolve pressão, exigências cada vez maiores, mercado competitivo e velocidade está o estresse.

É fácil encontrar um profissional que, por algum momento, afirmou que sentiu estresse. No Brasil, segundo pesquisa realizada pela Robert Half, todos os profissionais consultados disseram que estão estressados no trabalho. O estudo ouviu 2.525 executivos em dez países e apontou que 80% dos participantes de países como Áustria, República Checa e Dubai possuem estresse.

“Quando a pessoa vivencia uma situação de estresse, ela tende a achar que é pressionada o tempo todo. Sente-se sempre cobrada, de tal forma que, na maioria das vezes, nem consegue diferenciar o que é estresse e o que é cobrança”, explica o presidente da ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida), Aberto Ogata.

O estresse é considerado por muitos, como Ogata, uma doença, com prejuízos para além do ambiente corporativo. “O estresse gera um aumento na adrenalina, prejudica a concentração, piora o desempenho e causa problemas de saúde”, afirma o presidente executivo do Insadi (Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual), Dieter Kelber.

Apesar de um ambiente de trabalho no qual se exige cada vez mais profissionais multitarefa, não é apenas isso que gera o estresse. Os especialistas concordam que existem profissionais que se dão muito bem com esse ambiente. Outros não. “São inúmeras as fontes de estresse e estas passam por diferentes ordens, que podem ir desde fatores relacionados à organização e processos do trabalho, até os fatores ambientais e relacionais”, explica Ogata. “A doença é multifatorial e não existe uma causa única. Temos de ver o indivíduo dentro de um contexto mais amplo”.

O estudo da Robert Half aponta que 60% dos profissionais acreditam que
o ambiente de trabalho e a fofoca entre colegas são os principais fatores
que geram o problema

O cenário favorável

O contexto do profissional é que influenciará o surgimento do estresse. A consultora da Search RH Consultoria em Recursos Humanos, Fabiana Goes, explica que alguns comportamentos do próprio profissional podem favorecer a doença. “Trabalhar muitas horas por dia e passar muito tempo longe da família faz com que o profissional tende a ter mais estresse”, afirma a consultora.

O estudo da Robert Half aponta que 60% dos profissionais acreditam que o ambiente de trabalho e a fofoca entre colegas são os principais fatores que geram o estresse. Para as mulheres, esses fatores têm um peso maior, de 66% contra 49% dos homens. O aumento da carga de trabalho é o segundo fator que gera estresse para 47% dos brasileiros. Pressões do chefe consideradas desnecessárias foram indicadas por 44% dos profissionais como fator gerador de estresse.

Fabiana ainda aponta outros motivos como a incompatibilidade dos valores do profissional com os da empresa. “Por isso, é importante conhecer o lugar onde você vai trabalhar e entender um pouco da cultura organizacional”, afirma a consultora. Kelber completa a lista de fatores com possíveis desentendimentos com a liderança. E ressalta que o excesso de ansiedade também provoca a doença.

Esses comportamentos, explica Ogata, devem ser evitados, a fim de não criar um cenário favorável para a doença. “É importante que as pessoas consigam se afastar da tensão que o problema traz e foquem as energias na direção das alternativas de solução. Assim, elas passam a ter uma atitude mais positiva e resolutiva diante da dificuldade”, explica.

Um olhar sobre os problemas

Entender se o que está sentindo é estresse ou puro cansaço não é tão simples. Tanto é que a analista de research Fernanda Oliveira, 27, não entende por que há algumas semanas seu médico diagnosticou um estado de estresse. “Não entendo o motivo, porque não trabalho além do meu horário, nem sob muita pressão, gosto do que faço e ganho relativamente bem”, conta.

Ela conta que seu sono é um pouco agitado e que tem dores de cabeça crônicas há três anos. Por enquanto, Fernanda se concentrará nos esportes para tentar resolver um problema que ela não enxerga. “Terapia eu não procuro, porque não sou muito fã. Vou procurar um esporte mesmo”, diz.

Fernanda pode não enxergar o problema, mas ele pode existir, ainda que de maneira mais contida. Ogata explica que dores de cabeça constantes e distúrbios do sono são alguns dos sintomas da doença. Outros são alteração de humor, irritabilidade, depressão, alergias, tonturas, náuseas e mal estar. No extremo, o estresse pode provocar doenças no aparelho digestivo e até disfunções sexuais.

Busque alternativas

Kelber ressalta que, muitas vezes, o profissional não enxerga mesmo que está com estresse. “Você quer saber se está com estresse? Pegunte a um amigo”, diz o especialista. Ao contrário do que muitos acreditam, livrar-se do estresse é mais simples do que se pensa. “As pessoas geralmente acham que precisam fazer grandes mudanças em suas rotinas, para ter mais qualidade de vida”, explica Ogata.

Para manter esse equilíbrio, o presidente da ABQV dá dicas que podem ajudar no trabalho e na vida pessoal:
  • Busque entender de forma clara as expectativas dos seus superiores. Para isso, desenvolva a assertividade e capacidade de comunicação;
  • Equilibre o seu estilo de vida. Você precisa de tempo para manter seus relacionamentos, ter um sono repousante, praticar atividade física e ter tempo para o lazer;
  • Mantenha o otimismo. Avalie seu estado de espírito e procure ver as coisas sob uma perspectiva positiva;
  • Desenvolva mais as habilidades de delegar tarefas aos subordinados, priorizar e focar naquilo que realmente importa;
  • Aprimore o seu planejamento diário. Evite desperdício de tempo com reuniões inúteis e improdutivas;
  • Cuide-se bem. Busque o equilíbrio entre mente, corpo e espírito. Uma alimentação saudável é fundamental.
  • Liste os fatores de estresse em sua vida, reconheça-os e mantenha-os no nível consciente.
  • Procure desacelerar o pensamento negativo.
  • Mantenha o equilíbrio emocional.

Fonte: www.administradores.com.br

 

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Como aceitar (bem) um "não" no trabalho?

O fato é que ouvir um "não" tem um forte peso para muitos profissionais. Mas nem sempre precisa ser assim. Dá para encarar bem a situação

Quem nunca ouviu um “não” na vida? Na trajetória profissional, as negativas também são bem comuns. E, assim como na vida pessoal, nem sempre são levadas numa boa. O fato é que ouvir um “não” do líder a respeito de uma ideia ou pedido de promoção ou mesmo de um colega de trabalho tem um forte peso para muitos profissionais. Mas nem sempre precisa ser assim.

“Claro que essa aceitação da negativa não é fácil, mas um feedback negativo faz parte do nosso processo de construção profissional”, ressalta a psicóloga, orientadora vocacional e analista de Carreiras da Veris Faculdades, Paula Souto Sanches. “É um momento de reflexão, porque somos suscetíveis a erros, e também é uma oportunidade de aprendizado”, diz.

“Na verdade, interpretamos uma negativa da forma que queremos”, afirma o consultor de Coaching da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Jonas Tokarski. “Tanto o 'não' como o 'sim' são palavras curtas, mas que têm um poder extraordinário”, avalia o especialista, que ainda completa dizendo que, no mundo corporativo, é difícil encontrar quem encare bem essa negativa.

Por que é tão difícil aceitar

O fato de muitos profissionais sentirem dificuldades em aceitar uma negativa não é de hoje. Na verdade, conforme explicam os especialistas consultados, esse comportamento faz parte do DNA latino-americano. “Na nossa história, muito da cultura que temos foi importada de povos que nos colonizaram”, considera Tokarski.

Por conta dessa histórico, para o especialista, o “não” no mundo moderno tem uma carga muito negativa. “Geralmente, o profissional leva para o lado pessoal, se acha perseguido e o resultado é que ele passa a não trabalhar como antes e a produtividade cai”, explica.

No campo mais afetivo, Paula explica que adultos que tiveram todos os pedidos concedidos durante a infância têm mais chances de terem dificuldades de aceitar um “não”, ao passo que aqueles que tiveram uma infância marcada por negativas têm mais facilidade nessa aceitação. “Ele acaba entendendo melhor e enxerga o 'não' como um desafio”, explica.

Como encarar a negativa

Por mais difícil que possa parecer, encarar a negativa de uma maneira positiva só contribui para o seu desempenho profissional. Encarar o “não” de cara amarrada só desperta desmotivação, que pode prejudicar nos resultados finais. “Sem contar que a imagem do profissional pode ficar prejudicada, porque o comportamento está relacionado à maturidade dele”, diz a psicóloga.

Antes de encarar o “não” de uma maneira negativa, os especialistas ressaltam que ele não está atrelado ao fracasso. “É preciso entender os motivos que levaram o gestor a dizer o 'não'”, avalia Tokarski. Dessa forma, antes de simplesmente aceitar a negativa, questione o líder ou quem a deu sobre os motivos desse resultado.
“Quando ele encara de uma forma positiva essa negativa, o profissional fica mais motivado a acertar depois, a se superar e passa a ter uma visão maior sobre o seu trabalho”, explica Paula.

Fonte: www.administradores.com.br

 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

15 filmes que todo administrador deve ver

Professores da área de Administração e Negócios recomendam as obras que consideram indispensáveis para os profissionais que ocupam cargos de gerência

Por Mariana Osorio, www.MBA.AmericaEconomia.com

"O cinema é a arte do século XX e a Administração a disciplina. Ambos têm feito uma aliança para mostrar o empresário ou o administrador ao mundo". Assim define María Elena Carballo, ex-ministra da Cultura da Costa Rica e professora do Incae Business School, a relação entre o cinema e a Administração de Empresas.

Carballo explica que a sétima arte tem se interessado desde o início do século pelas figuras do empresário e do administrador, e as mostra para prover um campo de análise. E, na maioria das vezes, o faz de uma forma crítica, para que possamos estudar seu comportamento.

"Na vida real, não se pode fechar as pessoas em um globo para experimentar como em "O show de Truman", porque é antiético, mas você pode estudar sua acção com antecedência e, em seguida, traduzi-lo em uma obra, quer seja no cinema ou na literatura", disse Carballo.

Um dos ensinamentos que há no cinema, explica a acadêmica, é que ele mostra as múltiplas dimensões de quem tomas as decisões. "É a grande diferença que tem com os estudos de caso, onde você vê os resultados da empresas e do gerente em uma única dimensão. No cinema você vê sua vida íntima, como se esforçam para fazer sua empresa prosperar, mas também como traem, se enfurecem, algo que se aproxima muito mais dos seres humanos", afirma.

Para ela, isso é o que interessa conhecer nas escolas de negócios, e explica também que se abordam constantemente os temas que estão por trás do sucesso, como a solidão.

"Quando uma família faz uma homenagem ao empresário latinoamericano o pinta como um santo, e isso o distancia totalmente da realidade. Em geral, eles são pessoas com as mesmas falhas que temos todos, e isso é o interessante, seus problemas, seus erros, e como chegam a formar grandes conglomerados empresariais lidando com isso", explica a professora.

Nos Estados Unidos, aponta a ex-ministra, é muito mais fácil abordar esses temas no cinema, porque eles conseguem ver como heróis personagens como Bill Gates. Na América Latina, se exalta mais o herói militar ou o religioso. "Nós praticamente não temos filmes sobre administradores, porque se tende a pensar que são pessoas pouco interessantes ou desonestas, e esse mito tem que ser mudado ensinando as pessoas histórias de empresários que têm feito coisas boas, mas que cometeram erros também", defende.

Estudos de caso

O professor da escola equatoriana Espae-Espol Francisco Alemán, orientador de um cine-fórum para estudantes de MBA chamado "Hollywood e Administração", crê que o uso de filmes pode ajudar na compreensão de determinados modelos teóricos, mas também de como os personagens são influenciados pelos comportamentos organizacionais e as motivações gerenciais, que são parte desse mundo real.

"O cinema é um bom meio de descrever os comportamentos humanos, organizacionais, os processos de tomada de decisões, a comunicação, os estilos de liderança e tudo que tem relação com um tema específico", afirma o professor. Além do mais, explica que o tema dos estudos das escolas de negócios são os casos, e o cinema dá um maior realismo a esses casos.

Os filmes que um administrador não pode perder:

Divulgação
Cena de "Amor sem escalas", com George Clooney



1 – Amor sem escalas (Up in the air, 2009)

Trata de um executivo que viaja o mundo com a missão de demitir trabalhadores de empresas multinacionais, e, de repente, chega em seu departamento uma mulher que resolve implantar um processo de demissões por videoconferência. Entra em cena um conflito entre gerência tradicional e gerência nova, que salta das escolas de negócios transformando as relações. "George Clooney (o protagonista) representa a geração que se defende muito bem das mudanças tecnológicas e consegue, nesse sentido, se sustentar", afirma Alemán.

Outro conflito presente é o da comunicação. O personagem tem um esquema de comunicação em que não escuta, não lê os sinais, o que resulta em um grande erro. Segundo Carballo, mostra um problema psicológico do personagem. "Ao fazer essa coisa tão horrível que é despedir as pessoas, se protege viajando constantemente sem ter relações interpessoais constantes. Assim, desenvolve uma armadura para não se comprometer emocionalmente com ninguém, e quando se compromete já é tarde", afirma.

2 – Ponto Final – Match Point (Match Point, 2005)

"Aí está o personagem arrivista, típico do século XIX, que vai chegar ao topo de qualquer jeito", diz o professor. O personagem principal, um tenista aposentado que dá aulas a milionários em Londres, é traído por sua própria ganância e, ao mesmo tempo, pelo sexo e a paixão.

3 - Enron: The Smartest Guys in the Room, 2003

Documentário sobre a fraude e posterior falência da empresa norte-americana Enron, um caso fantástico para tratar de ética profissional, indica Alemán.

4 – Treze dias que abalaram o mundo (Thirteen Days, 2000)

Aborda a crise dos mísseis em Cuba, em 1962. Explora o modelo de decisões do agente racional e expõe conceitos interessantes sobre tomada de decisões e estratégias.

5 - A Verdade dos Bastidores (The Quiz Show, 1994)

Trata de um caso real dos anos 50: um engano massivo da televisão, aborda o tema da corrupção. ""É para pensar o início da carreira. Nele, três jovens tomam decisões que serão definitivas para suas vidas profissionais", conta Carballo.

6 - Barbarians at the Gate, 1993

Descreve o golpe mais famoso na história da RJR Nabisco. Os temas interessantes para se analisar são: LBO, Teoria da Agência, Fusões e Aquisições.

7 – Encontro com Vênus (Venus Meeting, 1991)

"Um diretor da Europa Oriental chega para conduzir uma orquestra onde predomina a Europa Ocidental. Mostra o quanto é difícil conseguir o sucesso em outra região. Excelente filme para analisar a liderança intercultural", diz Carballo.

8 - Com o dinheiro dos outros (Other People's Money, 1991)

Trata de uma empresa adquirida de maneira fraudulenta e as transformações que decorrem disso. "Nele, aprendemos sobre gerência das mudanças, resistência às mudanças, os valores da empresa antiga e como resgatá-los", afirma Alemán.

9 – Crimes e pecados (Crimes and Misdemeanors, 1989)

Esse filme mostra dois homens de sucesso que devem enfrentar diferentes dilemas éticos. "Trata muito bem do tema crime e castigo", afirma Carballo.

10 - Tucker (Um homem e seu sonho, 1988)

Trata de um empresário que quis introduzir inovações nos automóveis de sua época para criar "o carro do futuro", potente, rápido e aerodinâmico, e se depara com diversos obstáculos, mas consegue desenvolver suas propostas.

11 – O último imperador (El Último Emperador, 1987)

É a história do último imperador chinês, que subiu ao trono aos três anos de idade. Serve para ver o estilo e entender como o líder nunca está só e encontra-se sempre rodeado de uma equipe que o molda.

12 – Wall Street 1 – Poder e cobiça (Wall Street, 1987)

Apresenta o homem ganancioso e inescrupuloso capaz de fazer o que seja por dinheiro. "Mostra muito bem o perigo que é o tema do manejo da informação confidencial no mercado de valores, e também diferentes faces da liderança", afirma Alemán.

13 - Gandhi (Gandhi, 1982)

Biografia do líder indiano que lutou contra os abusos da ocupação inglesa e junto a outros líderes levou finalmente a independência ao seu país em 1947. "Desse filme pode-se tirar grandes lições de liderança", afirma Carballo.

14 – Doze homens e uma sentence (Twelve Angry Men, 1957)

Nesse clássico pode-se explorar temas como eficiência da decisão coletiva, liderança, persuasão, comunicação.

15 – O cidadão Kane (Citizen Kane, 1941)

"É um filme extraordinário, que está entre os 10 melhores da história. É uma obra indiscutível de um cineasta jovem, cujo protagonista associa para sempre a solidão e o sucesso profissional, uma dicotomia real de que, se somos exitosos, somos solitários", explica Carballo. 



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terça-feira, 17 de maio de 2011

Excesso de reconhecimento existe e, acredite, pode fazer mal à equipe

Especialistas alertam que fazer muitas concessões àqueles profissionais super talentosos para retê-los pode não ser uma boa estratégia, pois afeta a motivação do restante da equipe


Ele chega a hora que quer, não é importunado enquanto trabalha e tudo o que pede a empresa concede. Em algum momento você deve ter lidado ou conhecido algum profissional “estrela” - aquele que faz a diferença nos resultados a custo de muitas concessões da empresa. O problema é que reter um talento à base de “agrados” pode não ser tão positivo quanto parece.

Especialistas ouvidas pelo InfoMoney afirmam que os tratamentos diferenciados a profissionais muito talentosos pode provocar sentimentos negativos nos demais colaboradores. “A equipe pode se sentir menosprezada”, afirma a headhunter da De Bernt Entschev Human Capital, Emmanuele Spaine. “É importante para a empresa ter um profissional diferenciado, mas, dependendo do tratamento dado a ele, ocorre uma desmotivação nos demais colaboradores”, afirma.

Para a consultora da Career Center, Claudia Monari, a presença de um profissional “estrela” na equipe é mais comum em empresas de pequeno porte, onde o peso de seu trabalho faz mais diferença. “Empresas de maior porte são mais profissionalizadas, por isso, esses casos não ocorrem tanto”, afirma.

Claudia ressalta, porém, que independentemente do porte da empresa, a concessão de regalias a profissionais talentosos pode até influenciar nos resultados finais. “Para a equipe, isso é ruim, porque ela acaba enxergando um certo protecionismo na relação do profissional com a empresa”, explica.


 
"É importante para a empresa ter um profissional diferenciado, mas, dependendo
do tratamento dado a ele, ocorre uma desmotivação nos demais colaboradores" 


Profissional X talentos

As especialistas enfatizam que a existência de profissionais talentosos não implica abertura exagerada de concessões pelas empresas. É preciso ponderar, para que os demais colaboradores também sintam que fazem parte das conquistas. “”Ninguém faz nada sozinho”, ressalta Emmanuele.


E, para que o bom senso permaneça, tanto as empresas como o próprio talento precisam adotar cuidados. Os profissionais devem entender que produzir com qualidade e compartilhar os resultados com os demais colaboradores são atitudes mais positivas. “Ele tem de saber que hoje ele pode dar os melhores resultados, mas amanhã algo pode dar errado”, alerta a headhunter.

Já as empresas, na avaliação de Claudia, devem ficar atentas para não “mimar” demais os talentos que descobrem. Primeiro, porque isso pode gerar um comportamento arrogante no profissional, segundo, porque os mimos podem aumentar a exigência dele. “É muito comum o profissional acabar se sentindo insatisfeito, apesar de todas as concessões”, diz.

O que fazer? 

Fazer a empresa reter o talento sem prejudicar o ânimo do restante da equipe não é simples. Nesse caso, as especialistas afirmam que as empresas têm algumas saídas. “Uma saída é a implantação de uma gestão profissionalizada, com normas e procedimentos”, afirma Claudia, da Career.

Para Emmanuele, da De Bernt, estabelecer metas coletivas e individuais ajuda toda a equipe. “Isso faz com que o profissional 'estrela' não passe por cima da equipe”, reforça a headhunter. As empresas devem tentar equilibrar as concessões de maneira que elas não ultrapassem certos limites. “A política da empresa é o limite e deve valer mais que qualquer talento”.
 Fonte: www.administradores.com.br

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cinco tecnologias que podem turbinar o seu negócio

Além da internet como ferramenta de relacionamento com o cliente, vale ressaltar o potencial de tecnologias emergentes, como cloud computing, redes sociais e as aplicações para telefonia móvel

Alguns empresários ainda não se deram conta da importância que as diversas tecnologias desenvolvidas e difundidas nos últimos anos têm para os seus negócios. Cada uma com potencial para um setor específico, todas têm contribuído de alguma maneira para o crescimento das empresas que já perceberam o quanto elas podem ser importantes.

Além da internet como ferramenta de relacionamento com o cliente, vale ressaltar o potencial de tecnologias emergentes, como cloud computing, redes sociais, mega-armazenamento de dados, softwares inteligentes e as aplicações para telefonia móvel, por exemplo. "O mercado ainda está em fase de investimento e adaptação às tecnologias disponíveis para transformar os negócios e passar a atuar num patamar mais elevado. Ainda falta quebrar a barreira do desconhecimento do enorme potencial das ferramentas disponíveis às empresas hoje em dia", afirma Ezequias Sena, presidente da Online Brasil.

De acordo com o executivo, quando o gestor mergulha no universo das possibilidades tecnológicas e passa a explorar novos modos de fazer a empresa prosperar, percebe rapidamente que está no caminho certo. "Entre as principais missões das tecnologias emergentes está a capacidade de gerenciar o relacionamento com clientes, o capital e os investimentos realizados, além de utilizar as informações a favor do crescimento da empresa, ganhando mercado de uma forma nunca antes experimentada em tão curto espaço de tempo", destaca Sena.


"Nunca foi tão rápido e fácil compreender o que o cliente necessita, deseja e
em que está disposto a investir"

O executivo lista cinco tecnologias que considera as que têm maior potencial para impulsionar um negócio. São elas:

Internet como ferramenta de relacionamento com o cliente

"A internet aproximou as pessoas de forma antes impensada. Nunca foi tão rápido e fácil compreender o que o cliente necessita, deseja e em que está disposto a investir. Sem dúvida, hoje é mais rápido o processo de fidelizar consumidores de produtos e serviços utilizando a internet e tecnologias relacionadas", afirma.

Cloud computing

"A estratégia da computação na nuvem é permitir que se tenha acesso aos dados da empresa em que se trabalha de forma remota. Essa possibilidade vem se fazendo presente cada dia mais e está revolucionando não só os negócios, mas o próprio ambiente de trabalho. Ao invés de se apoiar num software, os recursos disponíveis no computador contam com respaldo de um programa instalado em algum lugar na internet, num servidor por sua vez instalado em um Data Center, gerenciado por especialistas em tecnologia. Esse tipo de nuvem também é classificado como 'on demand' ou SaaS (software as a service)", explica o executivo.

Redes sociais

"Não há como ignorar a revolução que vem sendo empreendida pelo Facebook, Twitter, Orkut e todas as demais comunidades que atraem cada vez mais pessoas para a conexão em rede", diz Sena.
E o executivo complementa, explicando que "s empresas devem aprender a tirar mais proveito desse networking em benefício próprio, ativando seus canais de marketing e de recrutamento de mão de obra especializada. Essas ferramentas certamente contribuem não só para o crescimento profissional e pessoal, mas também para melhorar a comunicação das empresas com todos os seus stakeholders, resultando em mais e melhores negócios".

Data center terceirizado

"A decisão de terceirizar o banco de dados deve representar um plus no valor percebido da empresa. A terceirização propõe uma mudança não só estrutural, como cultural. Repensando sistemas e controles, a empresa passa a concentrar esforços em seu core business, no seu próprio negócio", afirma.

m-Commerce

"A revolução da telefonia móvel vem causando alvoroço em vários setores da economia, principalmente naqueles que têm o consumidor final como seu público-alvo. Para as empresas que se utilizam da internet como ferramenta comercial, o grande desafio é oferecer condições ideais – ou seja, com agilidade, facilidade e segurança – para que o acesso do usuário à internet por meio do aparelho celular seja um convite à repetição. No Brasil, houve crescimento de 40% no comércio eletrônico entre 2009 e 2010. A tecnologia 3G, que permite acesso à internet via telefone celular, já representa 11% dos aparelhos – que somam mais de 200 milhões. Trata-se de uma tendência que vai pegar", ressalta.

E você: tem alguma tecnologia que o ajuda no seu dia a dia e faz toda a diferença para o seu negócio ou a sua carreira? Conte-nos deixando um comentário. 

Fonte: www.administradores.com.br

sábado, 14 de maio de 2011

Curiosidades da profissão de Administrador

O JURAMENTO DO ADMINISTRADOR 

"Prometo dignificar minha profissão consciente de minhas responsabilidades legais, observar o código de ética objetivando o aperfeiçoamento da ciência da administração, o desenvolvimento das instituições e a grandeza do homem e da pátria. " 

Observação: A Resolução Normativa que padroniza o Juramento é a R.N. nº 201 de 19/12/1997, publicada no D.O.U. no dia 27/01/98. 



O SÍMBOLO DA PROFISSÃO
          

O Símbolo escolhido para identificar a profissão do administrador tem a seguinte explicação justificada pelos seus autores:


  • O quadro como ponto de partida: uma forma básica, pura, 
    onde o processo de tensão de linhas é recíproco. Sendo assim,
     os limites verticais/horizontais entram em processo recíproco de
     tensão.
  • "Uma justificativa para a profissão, que possui também certos
     limites em seus objetivos: organizar, dispor para 
    funcionar, reunir, centralizar, orientar, direcionar, 
    coordenar, arbitrar, relatar, planejar, dirigir, encaminhar 
    os diferentes aspectos de uma questão para o objetivo comum".
  • "O quadro é regularidade, possui sentido estático quando apoiado
     em seu lado, e sentido dinâmico quando apoiado em seu 
    vértice (a posição escolhida)".
  • "As flechas indicam um caminho, uma meta, a partir de uma 
    premissa, de um princípio de ação (o centro)".
  • "As flechas centrais se dirigem para um objetivo comum,
     baseado na regularidade (...) as laterais, as metas a serem atingidas".

FRASES DE PETER DRUCKER

 (Considerado unanimemente o “pai da administração moderna”) 

"Nenhuma empresa é melhor do que o seu administrador permite." 

“Pode ser dito sem grande supersimplificação, que não há países subdesenvolvidos. Há apenas os subadministrados." 

"Sessenta por cento de todos os problemas administrativos resultam de ineficácia na comunicação." 

“A melhor maneira de predizer o futuro é criá-lo." 

"As pessoas que não correm riscos geralmente cometem uns dois grandes erros por ano. As pessoas que correm riscos geralmente cometem uns dois grandes erros por ano." 

"Decisões empresariais sempre comprometem os recursos do presente com as incertezas do futuro." 

"A revolução da informação representa uma nítida transferência de poder de quem detém o capital para quem detém o conhecimento." 

9 DE SETEMBRO, DIA DO ADMINISTRADOR 

Nove de setembro foi o "Dia Nacional do Administrador", por ser a data de assinatura da Lei nº 4769, de 9 de setembro de 1965, que criou a profissão de Administrador. O dia do Administrador foi instituído pela Resolução CFA nº 65/68, de 09/12/68. 



Administrar incertezas, assumir riscos, vencer desafios, conquistar resultados pela competência profissional, tem sido a luta contínua de todo Administrador. 

Segundo os dicionários, administrar é dirigir uma organização utilizando técnicas de gestão para que alcance seus objetivos de forma eficiente, eficaz e com responsabilidade social e ambiental. Tal definição passa por outras interpretações mais funcionais, como a de Peter Drucker, para quem “administrar é manter as organizações coesas, fazendo-as funcionar” 
Os primeiros administradores profissionais (aquele contratado, que não é o dono do negócio) registrados pela história foram os gerentes das companhias de navegação inglesas, as primeiras sociedades anônimas que se tem notícia. Isso em meados do Século XVII. As artes bélicas também são correlatas com a administração, e isso pode ser verificado graças aos documentos de estrategistas militares como o chinês Sun-Tzu (em A arte da Guerra) e Carl von Clausewitz (em Da guerra) dois excelentes autores sobre a administração no campo de batalha, que envolve logística, finanças, recursos humanos, produção, organização e métodos. Outro exemplo que atravessa a história é o da Igreja Católica, com uma administração baseada numa forte hierarquia e divisão de funções. 
Jules Henri Fayol, na segunda metade do século XIX idealizou, na Europa, a Teoria Clássica da Administração e por isso mesmo pode ser considerado um dos precursores da moderna administração. Seu tratado organizou e definiu as funções básicas de nossa atividade, identificando pelo menos cinco grandes delas: Planejar, Organizar, Controlar, Coordenar e Comandar. 
Enquanto isto, na mesma época nos Estados Unidos, Frederick Winslow Taylor criava a Administração Científica e introduzia seus conceitos para aumentar a produtividade, com o primeiro estudo da relação entre tempo e movimento nas fábricas. 
Ambos, Fayol e Taylor, eram engenheiros por formação e administradores por função e foi a partir destes que começou a surgir a administração tal como conhecemos e dessa época para cá tal ciência encontra-se em constante processo de evolução, recebendo, a cada dia, novos conceitos e descobrindo caminhos. 

No Brasil, conforme dito, a profissão de administrador na forma da lei foi sancionada em 1965. Mas a quantas anda esta profissão atualmente? 
Os dados a seguir foram extraídos de dois levantamentos realizados pelo CFA (Conselho Federal de Administração) e pelo Ministério da Educação e nos números é possível visualizar um pouco mais a fundo como se encontra o ensino e a profissão do administrador no Brasil. 

Evolução do ensino da administração no Brasil: 

Número de Cursos de Administração (2005) - 1.992 (Evolução de 315% com base no ano de 1995) 
Matrículas nos Cursos de Administração (2005) - 671.660 (Evolução de 219% com base no ano de 1995) 
Concluintes dos cursos de Administração (2005) - 100.443 (Evolução de 259% com base no ano de 1995) 
Vagas Oferecidas para os Cursos de Administração (2005) - 419.689 (Evolução de 499% com base no ano de 1995) 
Candidatos Inscritos para os Cursos de Administração (2005) - 644.798 (Evolução de 127% com base no ano de 1995) 
Ingressos nos Cursos de Administração (2005) - 236.466 (Evolução de 263% com base no ano de 1995)


Fonte: MEC/Inep (1995) 

Em 2006, o CFA publicou a Pesquisa Nacional: Perfil, Formação, Atuação e Oportunidades de Trabalho do Administrador coordenada pelo CFA e executada pela FIA/USP. Neste documento podemos perceber o seguinte Perfil do Administrador no Brasil: 

É do sexo masculino, casado e sem dependentes; 
Está na faixa etária de até 30 anos;É egresso de universidades particulares; 
Concluiu o curso de Administração entre 2000 e 2005; 
Possui especialização em alguma área de Administração; 
Trabalha nos setores de serviços, da indústria e em órgãos públicos; 
Atua nas áreas de Administração Geral e Finanças; 
Ocupa cargos de gerência. 

A Pesquisa do CFA apresenta outras variáveis interessantes: 

Formação do Administrador: Os principais motivos que influencia na escolha da carreira são: a natureza do projeto profissional, a possibilidade de abrir ou ampliar seu próprio negócio, o desenvolvimento da carreira e a independência de atuação. A formação generalista e abrangente do curso de graduação em Administração foi preferida por outro significativo contingente para justificar a escolha. 
Identidade do Administrador: Consolidou-se a imagem do Administrador como um profissional que atua com visão sistêmica da organização e a partir daí, obtém as condições de articular as suas diversas áreas internas. 
Conhecimentos Específicos: Os Administradores entendem que administrar pessoas e equipes é o principal conhecimento para suas atividades. O Empregador confirma essa percepção, informando que é o que vêem prioritariamente nos Administradores que trabalham em suas organizações. Os Professores avaliam que o conhecimento que mais está sendo oferecido pelas IES é a visão ampla, profunda e articulada do conjunto das áreas de conhecimento. 
Competências: Os Administradores entendem que a adquiriram no seu curso de graduação; os professores acreditam que é a competência mais trabalhada pelas IES e os Empregadores confirmam que reconhecem no desempenho dos que trabalham em suas organizações a identificação de problemas, a formulação e implantação de soluções. 
Habilidades: A habilidade dos Administradores preferida pelos empregadores é a capacidade de relacionamento interpessoal, embora, do ponto de vista dos profissionais da área e dos professores pesquisados a mais completa habilidade seja a visão do todo empresarial. 
Atitudes: O comportamento ético é a atitude que os Administradores escolheram como a que mais tem preponderado no seu aprendizado. Os Professores disseram que seus cursos procuram dotar seus alunos de uma atitude empreendedora. E, os Empregadores disseram que vêem em seus Administradores o profissionalismo como principal atitude. 

Podemos, à luz desse perfil do Administrador, traçado a partir de dados coletados junto a três públicos: o próprio profissional, o professor que o formou e o seu empregador, fazer uma reflexão sobre nossa profissão e avaliar até que ponto temos ou não motivos para comemorar os próximos 9 de setembro. 


Fontes para pesquisa: 
Conselho Federal de Administração 
ANGRAD - Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração 
Portal da Administração 
Pesquisa MEC/INEP (download) 
CFA - Pesquisa Nacional: Perfil, Formação, Atuação e Oportunidade de Trabalho do Administrador 

Fonte:http://www.faculdademental.com.br - Site dos formandos da FNH MG