quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sustentabilidade em alta nas empresas e nas vagas de emprego

Os profissionais formados que querem se especializar em sustentabilidade podem receber de R$ 5 mil a R$ 20 mil. (Imagem: Danilo Yamamoto / Flickr)
 
Os negócios relacionados à Sustentabilidade estão em uma constante crescente, tanto para as empresas, quanto para funcionários que desejam se especializar na área. O Programa de Sustentabilidade Empresarial, lançado pela Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) neste mês, é a prova disso.
A quantidade de companhias interessadas em reduzir os impactos ambientais que suas atividades causam no planeta cresce a cada dia. Juntamente com esse novo ramo aumentam também as oportunidades de empregos para pessoas, das mais diversas áreas profissionais, que estejam interessadas em embarcar nessa proposta.
A própria Bolsa de Valores de São Paulo é prova disso, pois além de ter criado em 2005 o Índice de Sustentabilidade Empresarial, para promover iniciativas sustentáveis realizadas pelas empresas, e ter o recente Programa de Sustentabilidade Empresarial, a instituição financeira também tem um departamento próprio especializado nessa área. Outro ponto interessante, é que ao contrário do que muitos pensam, a maior parte dos profissionais envolvidos com as ações que visam minimizar os impactos ambientais que as companhias geram, não tem formação em áreas biológicas ou ambientais. As áreas de formação mais comuns nesse novo nicho do mercado são: filosofia, relações internacionais, comunicações, psicologia e direito, conforme entrevista de Paulo Itacarambi, vice-presidente do Instituto Ethos, ao jornal O Estado de São Paulo.
Esses profissionais, com carreiras distintas, atuam, em sua maioria, em ações que incentivam a prática sustentável empresarial. Sonia Favaretto é jornalista e diretora de sustentabilidade da BM&F Bovespa, segundo ela, o seu trabalho consiste em estimular as outras áreas a adotarem práticas sustentáveis. Esse objetivo é alcançado através dos conhecimentos em comunicação, que neste caso são aplicados para um objetivo específico.
Outro bom exemplo da diversidade profissional dos “agentes da sustentabilidade” nas empresas é a fabricante brasileira de compressores de refrigeração para geladeiras, Embraco. A empresa trabalha com exportação para 80 países e tem filiais em seis outras nações, além do Brasil. A companhia conta com uma equipe especializada para fazer com que a sustentabilidade seja aplicada com eficiência em todas as fábricas e até mesmo no conceito da marca. Para isso ela conta com três jornalistas, espalhados por: Eslováquia, Brasil e Itália, um cientista social, um engenheiro químico, uma pedagoga, uma psicóloga, dois profissionais formados em letra, que trabalham na China e na Eslováquia, e também um especialista em marketing, que trabalha nos Estados Unidos.
Esses profissionais podem encontrar espaço em instituições financeiras que estejam interessadas em elevar a sustentabilidade em todas as suas diretrizes e projetos e em empresas dos mais diversos segmentos. Outra boa notícia, é que além de estar em alta, essa nova área também oferece consideráveis retornos financeiros.
Alexandre Prado, pesquisador do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas, explica que os interessados em trabalhos deste tipo podem receber de R$ 1,5 mil, para os trainees, até R$ 20 mil, para os diretores. Já Kátia Reis, que é uma das gerentes de sustentabilidade da Johnson & Johson, explica que os profissionais formados que querem se especializar na área podem receber de R$ 5 mil a R$ 20 mil. “O mercado da sustentabilidade está aquecido e as empresas vêm criando estruturas de sustentabilidade mais formais”, finaliza ela. Com informações do Estadão.
Redação CicloVivo

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